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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

festival do fusca em Tiradentes MG


IV Classic Fusca Festival - Tiradentes, MG
(Re)encontro marcado
Cerca de 50 VWs clássicos “enfeitaram” o Largo das Forras por três dias
O evento contou com Fuscas fabricados entre 1951 e 1996
Mais do que um encontro de automóveis. Um reencontro de amigos! Assim é o Classic Fusca, que há quatro anos acontece em Tiradentes-MG, reunindo um grupo de pessoas de todas idades, ambos os sexos e diferentes condições sociais que tem em comum não apenas os amor incondicional pelos Volkswagens, mas acima de tudo aquela vontade de anualmente estar ali no Largo das Forras, revendo os amigos. Tipo um compromisso inadiável.
Os Fuscas  foram um atrativo extra para a cidade turística
Esse ano os organizadores do evento Magno Costa e Tomas Cavalcanti tiveram dificuldades de patrocínio o que fez com que a programação acabasse ficando um pouco mais “enxuta”. Como disse Tomas nas redes sociais “vai ser no peito!”. E foi! E quem, como em anos anteriores, esteve presente, pouco se importou com isso. O mais importante foi cumprido: estacionar o Fusca no Largo, reencontrar um querido amigo com um sorriso no rosto e um abraço apertado, jogar conversa fora saboreando uma Bohemia "long neck" bem geladinha e curtir os ares históricos e turísticos de Tiradentes.
Foram cerca de 50 Fuscas (e alguns de seus “parentes próximos”) em três dias de encontro, que aconteceu entre os dias 26 a 28 de outubro, de sexta-feira a domingo. Um belíssimo final de semana ensolarado. Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo foram os estados representados pelos expositores.
O automóvel mais antigo foi o alemão “Split” de luxo 1951, pertencente a Lacyr Ernesto da Paixão. Perfeitamente restaurado e em excepcional estado, o Fusca da cor vermelho vinho possui todos os itens originais do ano/modelo como bancos forrados com casemira especial com direito a almofadinhas cilíndricas no banco traseiro, setas estilo “bananinha”, rodas de 16 polegadas e aberturas de ar atrás dos paralamas dianteiros, cujo apelido não podemos falar neste horário.
Contraste: o "luxo" do 1951 alemão e a simplicidade do "Pé-de-boi" nacional de Magno
Fazendo um contraponto a esse exemplar sofisticado, um nacional 1965 foi o exemplar que mais chamou a atenção, justamente por sua extrema simplicidade. Apelidado na época de “Pé-de-boi”, o Standard foi lançado pela Volkswagem como o carro “popular” financiando pela Caixa Econômica Federal. Disponível somente nas cores cinza prata e azul pastel, externamente o carro não possui um cromado ou friso sequer. Todos os detalhes são pintados de branco, como os aros dos faróis, as calotas e os parachoques de lâmina única. O escapamento é o mesmo da Kombi, com apenas uma saída. Por dentro, as forrações de porta são de Eucatex, os bancos finos e sem qualquer botão de regulagem, a forração do teto é apenas parcial, não há tapeçaria e nem mesmo marcador de gasolina. O atual proprietário deste exemplo de minimalismo é justamente o organizador do Classic Fusca, Magno Costa. Ele nos contou que já conhecia o carro há anos. Foi comprado zero quilômetro por uma freira de São João Del Rey que permaneceu com ele até a sua morte. O carro então foi vendido a um padeiro que o utilizava na tarefa rotineira de entrega de pães. Fato muito raro, durante todos esses 47 anos o carro permaneceu original, tendo somente recebido alguns poucos itens adicionais, como as setas. Durante o Classic Fusca o carro ainda cheirava a tinta, já que a pintura era o único item mais urgente a fazer e foi concluída há poucos dias. Agora faltam apenas alguns detalhes para ficar 100% original.
Democracia: carros originais e modificados, dos mais variados anos
Entre os nacionais “normais” havia exemplares fabricados desde 1960 até 1996, que contaram um pouco da história do Fusca fabricado no Brasil, através de suas sutis mudanças estéticas e de mecânica, ao longo das décadas. Os leigos no assunto muitas vezes pensam que Fusca é tudo igual. Mas basta pesquisar um pouco sobre o assunto para descobrir que ano a ano, nenhum Volkswagen é exatamente igual ao fabricado no ano anterior. Acredite: o modelo evoluiu sempre e sem perder sua identidade! E talvez seja esse um dos motivos pelo qual ainda hoje desperte o interesse dos fãs, cujo número vem sempre aumentando, embora já tennha saído de linha há 16 anos.
Vicente e o 1953/68 verde "trator"
Havia carros de todos estilos, desde os extremamente originais, com placas pretas, passando por aqueles com leves toques de personalização ao gosto do proprietário, até chegar àqueles totalmente modificados. É o caso do 1968 de Vicente Magalhães. Quem vê o carro jura tratar-se de um carro do início dos anos 1950. Isso é verdade, mas apenas em parte. Ele comprou uma carroceria de “Zwitter” 1953 e adaptou sobre o chassi de um Fusca brasileiro, estilizando-o ao melhor estilo californiano. A cor é o famoso verde dos tratores americanos John Deere.
Kombi, Variant, VW 1600 “Zé do Caixão”, TL, Brasília e até um raro Karmann Ghia Alemão Type 34 completaram o time de VWs clássicos em exposição no principal ponto de encontro de Tiradentes.
Além da mostra fotográfica “Ele tá por ai!” com imagens do Fusca nos mais variados lugares e situações, o Classic Fusca de 2012 pôde contar novamente com a presença do colecionador carioca Márcio Pinto de Oliveira, que este ano decidiu expor a sua imensa coleção de VWs em miniatura, no próprio Largo das Forras, “aonde o povo está”. Seu acervo, que cresce a cada ano, teve como destaques duas peças minúsculas: o fusquinha-relógio e um pingente (foi até dificil fotografar, de tão pequeno!).
Acima, Márcio e suas miniaturas, com o Fusquinha relógio no destaque

Ao lado, algumas fotos do exposição"Ele tá por ai!"
Um show musical foi a atração do sábado a noite para participantes e turistas em geral, que puderam curtir os mais variados gêneros.

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